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The King of Fighters' Completa 20 anos de Aniversário



Foi em 94 que tudo começou, como dizia a música de abertura de The King of Fighters 98. A série de luta da SNK marcou época por seu sistema de batalhas em trios e por conta das diversas inovações que que pintaram ao longo dos anos seguintes: a começar pela própria anualização do título, que na época não soava como algo ruim.

The King of Fighters, hoje, pode ser uma sombra do que já foi no passado. Tudo bem que o último jogo da série não tenha sido ruim, mas todo aquela alvoroço de quando a versão do próximo ano era anunciada meio que passou. Ao mesmo tempo, trata-se de uma marca que não cansa. Se você pegar o primeiríssimo The King of Fighters, que é de 1994, e jogar hoje em dia, ainda vai ser aquele mesmo título divertido de sempre e poderá se divertir com ele por horas.




A série de luta da SNK marcou época por seu sistema de batalhas em trios

O Time Japa
Inovação de ano em ano

The King of Fighters mostrou como sua principal inovação o esquema de lutas em trios. No lugar do clássico formato de batalhas em rounds de, geralmente, melhor de três, era preciso vencer o trio inteiro adversário para sair vitorioso com sua equipe.

Ainda que no primeiro jogo os trios fossem fixos, isso chamou muita a atenção para a até então nova série da SNK, após anos de reinado de Street Fighter e Mortal Kombat.

Além da novidade na jogabilidade principal, KOF também reunia alguns personagens mais clássicos e já tradicionais da empresa, como a galera de Fatal Fury, incluindo Joe Higashi, e os irmãos Andy e Terry Bogard. Isso sem falar nos novatos apresentados por aqui e cheios de carisma, como Kyo Kusanagi, que hoje é, basicamente, o garoto-propaganda da série, ao lado de seu rival, Iori.

"The King of Fighters seria um game de “andar e bater”, ou seja, similar a títulos como Final Fight e Streets of Rage"

The King of Fighters seria um game de “andar e bater”, ou seja, similar a títulos como Final Fight e Streets of Rage, mas a ideia logo foi abandonada e a produção foi reformulada como um legítimo game de luta, aproveitando o sucesso de Fatal Fury. Aliás, o nome da saga foi inspirado pelo primeiro Fatal Fury, que tinha como subtítulo “King of Fighters”. Podemos dizer que uma não existiria se não fosse pela outra, apesar de hoje serem sagas bem distintas entre si.

O legal que, a partir do momento que soubemos que teríamos um The King of Fighters 95, imaginamos que uma série anual viria por aí, e no mesmo patamar da qualidade que vimos no primeiro. E não foi exatamente isso que aconteceu?

Ano após ano, The King of Fighters sempre inovava de alguma forma, seja com novos personagens no elenco ou na jogabilidade geral, assim como ocorreu em 95, 96, 97, 98, e a história seguiu.



Orochi chega

Por falar em história, The King of Fighters tem uma! Ela pode não ser apresentada como é hoje o modo de campanha de jogos mais modernos, como Mortal Kombat ou Injustice, mas haviam os fatos que os fãs acompanhavam e que os deixava por dentro do que estava acontecendo entre os embates.

Apesar da saga contar com a presença de diversos medalhões da SNK, ela começou focada em um novo personagem, na época. Kyo Kusanagi foi criado e batizado com este nome para ser relacionado com a lenda de Orochi, uma antiga história japonesa, que anos mais tarde deu origem à entidade que ficou famosa no formato do principal vilão de The King of Fighters.

finalbos-retro-king-of-fighters-20-anos-5 finalbos-retro-king-of-fighters-20-anos-4Mas tudo começou de forma simples, quando o vilão Rugal Bernstein, temido traficante de armas e drogas, resolveu criar um torneio de luta clandestino, somente pela falta do que fazer. Ele viajou pelo mundo para convidar uma série de talentosos lutadores para iniciar o The King of Fighters, torneio formado por equipes, com oito times participantes, de diferentes nacionalidades. A partir daí a coisa toda se tornou quase que um torneio anual, e foi quando tivemos o desenvolvimento da história, com a introdução do início da “Saga Orochi” em KOF 95, contando aí com a primeira aparição de Iori Yagami.

Foi aí que nasceu a primeira semente do que viria a se tornar a saga mais famosa da série, com Orochi se embrenhando cada vez mais na história e nos personagens, e novidades surgindo a todo o momento.

Foi em The King of Fighters 95 que tivemos, também, a possibilidade de escolher um time totalmente montado por você, ao contrário das equipes fixas de 94.

Já em The King of Fighters 96, tivemos a estreia de uma nova leva de personagens e o início de mais um torneio, desta vez não organizado por Rugal, mas por Goenitz, servo de Orochi, que foi o pesadelo de muita gente naquela época. Com seus furacões e a capacidade de voar, Goenitz tinha a missão de parar Chizuru Kagura, outra estreante, que por sua vez precisava parar o próprio Orochi, com a ajuda de Kyo.



Foi em The King of Fighters 96 que a série se estabeleceu com grande relevância no gênero de luta, prolongando a Saga Orochi para os próximos capítulos da saga, com exceção de 1998, quando o torneio deu uma pausa na história deste universo e o game The King of Fighters 98 foi lançado, como um tipo de “versão especial”, contendo diversos lutadores das edições anteriores, até mesmo alguns dados como mortos, sem qualquer história dentro da série.

Curiosamente, KOF 98 é considerado por muitos fãs como o melhor de toda a saga, ao menos até os capítulos mais recentes. Não apenas pela grande quantidade de personagens, algo que não era comum para a época, mas também por seus gráficos e jogabilidade de extrema qualidade – o que também foi o responsável pela popularização ainda maior da série.



O futuro

finalbos-retro-king-of-fighters-20-anos-9The King of Fighters se preparava para entrar no novo milênio, tanto que o nome do próximo game seria The King of Fighters 99: Millenium Battle, e com uma novidade digna de quebrar paradigmas. Em vez de termos três personagens na equipe, agora podíamos contar com quatro, sendo que um deles era o Striker, um membro que poderia pular na batalha instantaneamente para ajudar com um golpe especial e sair, em seguida.

Foi em KOF 99 que também surgiu uma grande leva de novos personagens, a começar por K’. Após o sumiço de Iori e Kyo, que desapareceram depois de KOF 97, com a derrota de Orochi, a SNK decidiu integrar um novo protagonista, que é K’, um guerreiro que possui o sangue de Kyo nas veias, além de seu clone, Krizalid, que também funcionava como chefão do capítulo de 99.

Dois clones de Kyo também surgiram nessa brincadeira, Kyo-1 e Kyo-2, mais como forma de oferecer aos jogadores a chance de jogar com versões antigas do personagem, enquanto o próprio Kyo tinha um novo visual, e também uma nova atitude.

Amado por um, odiado por outros, KOF 99 fez com que a série chegasse a um novo patamar


Amado por um, odiado por outros, KOF 99 fez com que a série chegasse a um novo patamar, introduzindo várias mecânicas, personagens, formas de se jogar e de se encarar, além de uma fase totalmente inédita na história.


A série mutante

The King of Fighters não parou no tempo. A série soube se reinventar e ainda oferece muita diversão aos jogadoresThe King of Fighters não parou no tempo. A série soube se reinventar e, apesar de hoje não ter a grande relevância que teve nos anos 90, ainda oferece muita diversão aos jogadores. Após 2003, a saga passou a ter numeração romana, e The King of Fighters XIII é, felizmente, considerado um bom jogo. Novas sagas vieram, com personagens ainda mais odiosos (olá, Ash Crimson!) e até hoje os games moram no coração dos fãs.

Ao longo dos anos a saga também ganhou versões em diversas plataformas e estilos. Tivemos The King of Fighters para portáteis Neo Geo, The King of Fighters de nave para mobile, uma série de lutas com gráficos em 3D, chamada de The King of Fighters Maximum Impact, e até mesmo um capítulo totalmente musica, recém-lançado nos dispositivos mobile iOS e Android.


Para quem não se lembra, KOF também foi tema de animações, com o ótimo Another Day, lançado em capítulos, e virou um filme live-action, The King of Fighters, em 2010, que é considerado uma das maiores piadas em termos de adaptação de videogames para as telonas. Não vamos nos prolongar muito falando dessa produção, mas saiba que há um show de descaracterização, a começar por um Kyo Kusanagi norte-americano.

Mas vamos esquecer das coisas ruins e lembrar que The King of Fighters é aquela boa série de luta que conhecíamos e assoprar as velinhas para esta história, que completa 20 anos em 2014. E que a SNK Playmore olhe por nós!