Quem é melhor nos games, homens ou mulheres? Pesquisa revela

O fato de as mulheres atualmente comporem quase metade do mercado gamer parece não ter sido suficiente para fazer com que elas fossem melhor aceitas como jogadoras “de verdade”. Se você acha que estamos exagerando, basta lembrar dos inúmeros casos de discriminação e machismo que houveram contra elas nos últimos anos, como foi o famoso caso do GamerGate.

Independente da situação, um dos principais argumentos usados pelos homens para tal discriminação é justamente a questão da habilidade das mulheres. Para a maioria deles, garotos são simplesmente melhores do que garotas nos jogos; logo, qualquer uma que estiver com um controle em mãos está tentando se fazer de gamer ou, como ocorreu recentemente, trapaceando – mesmo quando ela apenas jogava bem demais, na verdade.

A gamer Gegury teve que filmar uma partida de Overwatch para provar que sua mira não era resultado de cheats

Mas afinal, qual dos dois gêneros é realmente o melhor nos games? E o que gera essa diferença? Foi isso que um estudo recente resolveu descobrir, colocando homens e mulheres para “competir” em dois MMOs (EverQuest II, nos EUA, e Chevalier’s Romance III, na China, mais exatamente) para ver quem tinha maior sucesso naqueles universos.

Os dados levaram em consideração um total de 10 mil jogadores, e a ideia por trás dessa disputa era simples: se os homens conseguirem subir de nível mais rápido do que as mulheres nos games, eles são realmente melhores. Já se eles mostrarem o mesmo desempenho ou forem piores do que as garotas, está comprovado que essa história toda é apenas um mito.
Quando a diferença não está na habilidade

Para a tristeza dos machistas de plantão, a pesquisa mostrou algo que muitos já esperavam: as mulheres conseguem ter um desempenho tão bom quanto os homens dentro dos games. De fato, elas possivelmente se sairiam ainda melhor do que os machões nessa hora, não fosse por elas buscarem experiências bastante diferentes dos garotos nesses jogos (o que aparentemente contribui para o estereótipo de que elas são jogadoras ruins).

Um dos exemplos que gera essa percepção, para começar, vem do fato de as mulheres passarem menos tempo jogando do que os homens. Além disso, elas tendem a tomar posições de suporte com mais frequência, normalmente sendo a classe healer do grupo no lugar de jogar sozinha.

Procurar experiências diferentes nos games não fazem das mulheres menos habilidosas na jogatina

Outra enorme diferença está nas bases do que homens e mulheres buscam nesse tipo de jogo. Enquanto eles buscam lutar, ganhar níveis e competir com outros, elas preferem a parte social da jogatina, seja pela interação com personagens, fazendo novas amizades ou ajudando outros gamers.


Mesmo jogando menos horas por dia e focando mais na parte social da jogatina, as mulheres se saem tão bem quanto os homens

Agora, considere que os elementos buscados por garotos deveriam dar a eles uma evolução consideravelmente mais rápida na aventura, mas que isso ainda assim não acontece. Como falamos antes, é bem provável que elas se saíssem melhor do que os homens, caso se focassem mais nos elementos que trazem recompensas e um crescimento acelerado do personagem.

É importante notar apenas que os dados da pesquisa não se aplicam quando falamos dos jogadores que já atingiram o nível máximo no game. Visto que eles não têm mais como evoluir, não há como acompanhar seu crescimento – afinal, a quantidade de experiência conseguida por eles é essencialmente zero.

Dito isso, é bom pensar bem na próxima vez que quiser tirar sarro de uma garota em uma partida online: como estamos vendo cada vez mais, as chances são grandes de ela simplesmente acabar com você.

Fonte(s)
Wiley Online Library
LiveScience/Cuihua Shen

Imagen(s)
Independent Production
V.v Magazine

Comente com o Facebook: