Destiny 2: confira 7 novidades sobre o novo sci-fi épico da Bungie
Depois de muita expectativa, a Bungie revelou na última quinta-feira (18) os primeiros vídeos oficiais do gameplay de Destiny 2. Sequência do popular jogo de tiro online lançado em 2014, a aventura contará com o retorno dos personagens do título atual - incluindo o seu guardião -, uma história mais linear e coesa, dezenas de armas e armaduras e mais exploração em novos locais do Sistema Solar.
Antigos rumores diziam que o game estava originalmente previsto para setembro do ano passado, mas a desenvolvedora optou por lançar a expansão Ascenção de Ferro naquele mês. Esse tempo extra serviu não apenas para o estúdio ampliar as possibilidades de narrativa e gameplay, mas também para trazer o gigantesco universo do jogo para os usuários de PC. Com isso, Destiny 2 já pode ser considerado um dos maiores lançamentos do segundo semestre.
Para quem ainda não sabe o que mudará quando o título chegar às lojas no dia 8 de setembro, listamos as mudanças mais importantes anunciadas pela Bungie. Veja abaixo.
1. O game tem uma história
Uma das falhas do primeiro Destiny é que não há uma linha linear do que está acontecendo no jogo. E pior: os fatos que antecedem o despertar do seu guardião são apenas citados, e não mostrados, o que fez o game ficar ainda mais confuso caso você não leia as chamadas Cartas de Grimório, que incluem todo o lore do título.Resumindo a história: Destiny e sua sequência se passam algumas centenas de anos no futuro após a eclosão de um evento conhecido como O Colapso. Foi nesse período que se encerrou a Era de Ouro da humanidade, em que as descobertas científicas, literárias e industriais alcançaram seu auge tempo depois da aparição do Viajante, a misteriosa estrutura alienígena vista pela primeira vez em Marte. O Colapso marcou a chegada de raças hostis ao nosso sistema - Vex, Cabais, Decaídos e Colmeia, todas estas com o objetivo de destruir o Viajante, que passou a ser protegido por guardiões munidos de sua Luz.
Os últimos guardiões sobreviventes construíram A Última Cidade, o único lugar na Terra seguro dessas ameaças e protegido pela Vanguarda, a facção que comanda as operações na Torre. Destiny 2 começa com um ataque à Cidade conduzido pela Legião Vermelha, uma força de elite dos Cabais liderada pelo vilão Lorde Ghaul. Os inimigos conseguem realizar o ataque com sucesso, destruindo a Torre e prendendo o Viajante dentro de um dispositivo que bloqueia a conexão dos guardiões com a Luz.
Todo o ataque acontece em "Homecoming", a primeira missão do jogo exibida durante o streaming da Bungie. A partir daí, os guardiões precisam recuperar seus poderes na tentativa de enfrentar Ghaul e seu exército, o que nos leva para o próximo item.
2. Novos locais
Sem a Luz como fonte de suas habilidades, os guardiões terão de viajar para outros planetas para encontrar formas de combater os Cabais e salvar o pouco que restou da humanidade. No lançamento de Destiny 2, serão quatro os destinos principais para se visitar:- Zona Morta Europeia - inicialmente planejada para sair no primeiro Destiny, esta é a maior área já criada pela Bungie, tendo duas vezes o tamanho de qualquer localidade disponível no game atual. É aqui que boa parte dos sobreviventes do ataque na Última Cidade vão se reunir em um novo espaço social na Terra, substituindo o papel da Torre. Além disso, o local conta com uma enorme floresta e uma base da Legião Vermelha;
- Titã - maior lua de Saturno (planeta onde ocorreu a maior parte dos eventos de O Rei dos Possuídos), Titã era um dos locais mais proeminentes durante a Era de Ouro. Um detalhe interessante é que não há superfícies ou pedaços de terra em toda a estrutura da lua, formada por imensos oceanos; existem apenas plataformas que antes serviam como base de exploração. O Comandante Zavala, o titã que é um dos líderes da Vanguarda, estará lá;
- Nessus - é um pequeno planeta localizado entre Urano e Netuno. Assim como Mercúrio, o planetoide foi inteiro transformado pelos Vex. Mas diferente do nosso vizinho mais próximo do Sol, o local ainda mantém sua vegetação, que se mistura a enormes penhascos e cavernas com estruturas Vex. Cayde-6, o robô exo que atua como mentor dos caçadores na Vanguarda, poderá ser encontrado lá;
- Io - uma das luas de Júpiter, Io é o último lugar do nosso Sistema Solar que foi tocado pelo Viajante antes do Colapso. O satélite é sagrado para os arcanos e, por isso, Ikora Rey (mentora dos arcanos na Vanguarda) estará lá para investigar a presença de raças inimigas.
3. Gameplay atualizado
No geral, o gameplay de Destiny 2 mantém as principais mecânicas do jogo original, e deve ser bem familiar aos veteranos da série. As mudanças mais significativas ficam no sistema de armas/armaduras e na árvore de habilidades dos guardiões.Como já anunciado pela Bungie, todas as armas e armaduras que você conquistou em Destiny não poderão ser transferidas para a sequência. No que diz respeito às armas, em vez de serem separadas como primárias, especiais (secundárias) e pesadas, elas agora foram divididas três grupos: cinéticas, que equivalem às primárias sem dano; de energia, que inclui toda arma do tipo primária, mas com dano elemental; e de poder, que reúne armas especiais e pesadas em um só bloco.
Também foram reveladas três novas subclasses. Sentinel é para os Titãs, e permite ativar um escudo de vácuo ao estilo Capitão América; Arcstrider é para os Caçadores, que ganham uma lança de arco; e Dawnblade para os Arcanos, que ganham uma espada solar.
4. Multiplayer e cooperativo
Pelo o que foi revelado até então, o Crisol, que reúne as modalidades multiplayer do game, é o que mais sofrerá alterações quando Destiny 2 for lançado. Uma delas é que todos os modos PvP - incluindo o disputado Desafios de Osíris - passarão a ser 4x4. Segundo a Bungie, essas e outras adições prometem estimular um ambiente mais competitivo entre os jogadores, que poderão usar mais armas em vez de um único tipo. Só quem jogou o multiplayer de Destiny sabe o quão desiguais eram algumas partidas por conta de times inteiros que usavam apenas granadas ou escopetas.Outras mudanças no Crisol vão afetar o radar no topo esquerdo da tela, que vai exibir mais informações (se outros oponentes possuem super ou pegaram munição, por exemplo), e as caixas de munição de poder, que agora só irão para o jogador que apertou o botão de coletar.
Além dos modos tradicionais já presentes no Crisol, haverá a inclusão do chamado Countdown, que consiste em defender ou atacar uma estrutura posicionada em algum lugar do mapa; vence quem acumular seis vitórias primeiro. Funciona de um jeito parecido com as partidas de Counter-Strike e o modo "Localizar e Destruir" de Call of Duty, mas em Destiny 2 os jogadores podem ser revividos.
O cooperativo também apresentará novidades e um foco muito maior na exploração dos ambientes. Fora a campanha principal e os "Assaltos", são duas novas atividades: "Aventuras", descritas pelo estúdio como missões em que o seu guardião precisa cumprir determinados objetivos com diferentes mecânicas; e "Setores Perdidos", que esconde criptas com chefões e recompensas.
Tanto "Aventuras" quanto "Setores Perdidos" podem ser adquiridas por meio dos NPCs do jogo. Os "Eventos Públicos" retornam, agora com metas heróicas para serem completadas. E o melhor: você poderá trocar entre uma atividade e outra sem precisar ir para a Órbita.
Há ainda as Incursões, o evento mais desafiador em Destiny. No entanto, como de costume, a Bungie não divulgou nenhum detalhe - e não o deve fazer até setembro.
5. Suporte a clãs e matchmaking
Clãs são grupos de jogadores que participam juntos das mesmas atividades para ganhar recompensas. Em Destiny, esse recurso sempre foi bastante limitado: você ingressa em um clã e ponto. Basicamente é isso. Não há funções in-game de customização ou configurações.Paralelo ao suporte a clãs, a Bungie confirmou que Destiny 2 terá um sistema de matchmaking para todos modos de jogo. Ou quase isso: ligada diretamente ao recurso de clãs, a função "Jogos Guiados" (Guided Games) vai permitir que jogadores que estejam sozinhos entrem em clãs para participar das atividades. Do outro lado, gamers dentro de um clã poderão habilitar o esquadrão para receber esses jogadores que estão jogando sozinhos. Apesar de não ser um matchmaking convencional, a adição deve ajudar gamers que têm dificuldade em encontrar pessoas para completar determinadas atividades, especialmente as mais difíceis, como Incursões e Desafios de Osíris.
6. Versão para PC
Destiny 2 marcará a estreia da série nos computadores. Mas não pense que será um simples port dos consoles: de acordo com a Bungie, a versão de PC será como outros títulos de alto orçamento lançados para a plataforma, o que inclui suporte a teclado e mouse e opções de personalização.No PC, Destiny 2 terá suporte a resolução 4K e não terá trava de fps e, segundo o estúdio, poderá alcançar uma taxa de quadros até cinco vezes maior do que a versão de consoles, em que o game continuará rodando a 30 fps fixos. Contudo, não haverá servidores dedicados; no lugar, o jogo usará o mesmo sistema de conexão peer-to-peer (P2P) do primeiro Destiny.
Também vale lembrar que o título será disponibilizado exclusivamente pela plataforma Battle.net, da Blizzard, e que a chegada do game no PC acontecerá em algum momento após o lançamento no PlayStation 4 e Xbox One.
7. Beta
Apesar do atraso na versão de PC, Destiny 2 terá um período de testes em todas as plataformas antes do jogo chegar aos consoles, em setembro. Até o momento, sabe-se que o beta será restrito aos jogadores que fizerem a pré-venda, já disponível no Brasil através da PSN e Xbox Marketplace, em edições que vão de R$ 200 a R$ 400. Depois, é possível que um beta aberto seja liberado a todos, assim como aconteceu no beta do primeiro Destiny. O conteúdo deve ser o mesmo exibido no evento da semana passada, incluindo a missão "Homecoming", o modo Countdown no Crisol e o Assalto "The Inverted Spire".Preparado para gastar outras centenas de horas em Destiny 2? Nós também. O título será lançado para PlayStation 4 e Xbox One no dia 8 de setembro. A versão para PC segue sem data.
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