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Vendas de jogos digitais crescem, enquanto os físicos continuam diminuindo

Vendas de jogos digitais crescem, enquanto os físicos continuam diminuindo

O crescimento do mercado de jogos digitais era só uma questão de tempo. Trata-se de um formato mais barato e, sem dúvida alguma, mais acessível, uma vez que está disponível 24 horas para qualquer um comprar, de qualquer lugar do mundo. De acordo com dados apurados e revelados pelo The New York Times, os games digitais dispararam e, agora, ameaçam verdadeiramente os físicos – e isso envolve empregos, naturalmente.
Uma série de fatores contribui para esse cenário, segundo o veículo norte-americano. A transição desse formato de vendas para os consoles, por exemplo, é um processo muito mais lento do que no PC, plataforma que raramente ganha cópias físicas. Os arquivos grandes e a demora no download são alguns dos fatores que ainda desanimam o consumidor a adquirir jogos digitais, mas isso está mudando.
A velocidade da internet aumentou substancialmente em escala mundial – ainda que, no Brasil, esse panorama seja delicado –, e os discos rígidos que acompanham os consoles vêm com muito espaço, pelo menos 500 GB. Sem falar naquilo que já foi citado no início desta notícia: uma loja aberta 24 horas aos consumidores.

O inevitável chegou

Evan Wilson, analista que segue a indústria de games para a empresa Pacific Crest Industries, disse que “o inevitável se tornou inevitável” ao jornal nova-iorquino. “Parece que o inevitável está se tornando o inevitável. E este período de férias é aquele que parece receber o maior impacto”, pontuou.
A EA, por exemplo, disse que, atualmente, cerca de 20% de seus jogos são comprados digitalmente, em comparação com os 10% a 15% do ano passado. Para outras publishers, o número pode ser de 25% ou mais. Ainda não supera as mídias físicas, mas começa a ameaçá-las pra valer.
O Grupo NPD, uma empresa de pesquisa que monitora vendas de lojas nos EUA, mostrou um declínio de 7% na comercialização de jogos físicos em novembro. A GameStop, maior rede de varejo especializada em games daquele país, teve ganhos decepcionantes no período até o dia 31 de outubro, com fracas vendas em hardware e software. Só agora, mais ao fim do ano (e início da temporada de férias), a rede enxergou uma sutil melhora.
Michael Pachter, figura carimbada da indústria de video games, disse que “está claro que o download digital se torna um melhor negócio”.

Algumas empresas se adaptam melhor que outras diante deste novo ambiente. Sony, Microsoft e até mesmo Nintendo oferecem praticamente todo o seu catálogo online e fazem promoções que acompanham o mercado. Xbox LIVE e PSN, por exemplo, oferecem as “Holiday Sales” religiosamente, e as ofertas são realmente boas, jamais forçadas.
“Muitas pessoas acham mais fácil comprar online. Tudo fica aberto 24 horas por dia”, opinou Eric Lempel, vice-presidente sênior de marketing da divisão de games norte-americana da Sony.
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