A ilha fantasma de Gunkanjima – Ilha Hashima
O Japão é o cenário de diversas lendas e histórias de meter medo até em marmanjo. É o caso da Ilha de Gunkanjima,
uma pequena ilha que fica a 20 quilômetros do porto de Nagasaki. A ilha
carrega um grande mistério e atrai vistantes de todos os lugares devido
às suas lendas.
História sobre a ilha de Gunkanjima
Em 1890 descobriu-se que a ilha era rica em minérios e carvão. Foi então que a Mitsubishi Corporation
se apossou da ilha e contratou milhares de trabalhadores, para
trabalhar na extração de carvão. Era muita gente para uma ilha tão
pequena, eram 5 mil pessoas aglomeradas numa pequena ilha com um pouco
mais de 1 km quadrado de extensão.
Em 1959, foi considerada o lugar mais densamente povoada do mundo, com
uma densidade de 835 pessoas por hectare. No bairro residencial da ilha
chegava a ter 1.391 por hectare. Para acomodar tantas pessoas em uma
área tão pequena, grandes edifícios residenciais e industriais foram
construídos, assim como escola, hospital, lojas, restaurantes, uma
piscina pública e até um cinema. Havia também passagens subterrâneas que
davam acesso à várias partes da ilha.
Foram erguidas também paredes de concreto “quebra mar”, pois a região
era acometida constantemente por tufões e ondas grandes. Devido à tantas
construções, a ilha, ao ser avistada de longe parecia um navio de
guerra. Por este motivo, a ilha recebeu o apelido de “Gunkanjima” , que significa “ilha de batalha” em japonês. O nome verdadeiro da ilha é Hashima.
Em 1960, houve redução drástica na produção de carvão por causa do
petróleo que passou a ser usado no seu lugar. Em abril de 1974, a mina
foi desativada, e seus moradores tiveram que deixar Gunkanjima em questões de semanas, deixando todos os seus pertences para trás.
Após quase 40 anos, a ilha se encontra deserta e em ruínas e durante
esse longo tempo a Ilha foi fechada ao público, devido ao perigo de
desmoronamentos, já que as instalações estavam bem deterioradas devido
às exposições dos tufões. Ela podia ser vista apenas à partir de
cruzeiros que circulavam a ilha, dando a ela, uma atmosfera ainda mais
misteriosa e assustadora.
Em abril de 2009, a ilha foi aberta a visitação. Segundo visitantes,
ainda é possível ver muitos vestígios deixados pelos moradores há quase
40 anos atrás. Isso, dá um aspecto sobrenatural à ilha, parecendo
cenário de filme de terror. Talvez por esse motivo que a tenham
escolhido para serem gravadas cenas de “Battle Royale II”, um filme de terror japonês, em 2003. A ilha também inspirou um jogo de videogame muito popular japonês, o “Killer 7.
Outros mistérios pairam sobre a Ilha
Segundo contam, cerca de 500 estrangeiros (coreanos) eram mantidos
prisioneiros e submetidos ao trabalho escravo durante a segunda guerra
mundial para substituir japoneses que haviam partido em guerra.
Houve muitas mortes, decorrentes da bomba atômica,
doenças, desnutrição e problemas de saúde devido às péssimas condições
de trabalho. Outros tentaram inutilmente fugir, pulando em alto mar,
como tentativa de chegar do outro lado do continente. Infelizmente não
há muitas provas concretas sobre o fato, e até hoje muitas famílias dos
coreanos forçados ao trabalho escravo, esperam receber indenizações do
governo japonês. Esse é um assunto polêmico que ainda vai dar muito pano
pra manga.
Ficou intrigado com a ilha? Veja o vídeo abaixo com cenas em
que um visitante gravou na ilha, durante um tour. É muito assustador
hehe!
No vídeo abaixo, podemos ver um trecho de um documentário da tv
japonesa, em que um ex-morador se emociona ao retornar à ilha.
Infelizmente o vídeo não está completo, pois o autor teve que remover a
segunda parte devido à direitos autorais. Mas é muito interessante!
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Japão